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Países da Aliança 5/9/14 Eyes e VPNs: o que você deve saber

Adriano Silva Editor sênior

Se você é usuário de VPN, provavelmente já ouviu falar das Alianças 5 Eyes, 9 Eyes e 14 Eyes. Elas podem soar como algo saído de um filme de espião, mas são uma ameaça bastante real à sua privacidade.

As Alianças 5/9/14 Eyes são acordos internacionais de compartilhamento de inteligência entre órgãos governamentais. Os países participantes são conhecidos por espionar seus cidadãos através de vários meios, obtendo informações confidenciais e privadas que podem ser compartilhadas com os outros membros da aliança. Porém, o que exatamente isso significa para você? E uma VPN realmente o protegerá dessas ameaças à sua privacidade?

A resposta é "sim” — mas somente se você escolher uma VPN confiável e de qualidade. Há diversos recursos essenciais que você deve considerar em uma VPN para garantir que sua privacidade realmente será protegida. Minha principal recomendação é o ExpressVPN, cuja sede fica nas Ilhas Virgens Britânicas, país que apoia a privacidade e que está fora do alcance das Alianças 5/9/14 Eyes. Ele também já passou por várias auditorias de segurança independentes por parte das principais firmas de auditoria, o que significa que você pode usá-lo com confiança.

Proteger sua privacidade com o ExpressVPN

Está com pouco tempo? Aqui estão as melhores VPNs fora da jurisdição das Alianças 5/9/14 Eyes em 2023

  1. ExpressVPN — melhor VPN para privacidade com uma política antilogs (no-logs policy) comprovada e minuciosamente auditada. Sediado nas Ilhas Virgens Britânicas, país que apoia a privacidade.
  2. CyberGhost — VPN sediada na Romênia com servidores "NoSpy”, que só podem ser acessados por funcionários autorizados do CyberGhost.
  3. NordVPN — VPN sediada no Panamá, oferece o recurso Double VPN, que torna suas atividades online mais difíceis de decifrar e rastrear.

O que são as Alianças 5 Eyes, 9 Eyes e 14 Eyes?

Aliança 5 Eyes

A Aliança 5 Eyes (Aliança dos 5 Olhos) surgiu a partir de um pacto de inteligência à época da Guerra Fria chamado UKUSA Agreement. Originalmente, tratava-se de um acordo de compartilhamento de inteligência entre os Estados Unidos e o Reino Unido voltado a decifrar a inteligência da Rússia soviética.

No final dos anos 50, Canadá, Austrália e Nova Zelândia também se juntaram à aliança. Esses cinco países de língua inglesa compõem a Aliança 5 Eyes como a conhecemos atualmente. O acordo de compartilhamento de inteligência entre esses cinco países somente se fortaleceu ao longo do tempo, estendendo-se para a vigilância de atividades online.

O escopo das atividades realizadas pela Aliança 5 Eyes ficou claro em 2013, depois que Edward Snowden vazou uma série de documentos que obteve enquanto trabalhava para a NSA. A vigilância governamental generalizada das atividades online dos cidadãos foi exposta ao público. O vazamento forneceu provas claras de que a rede internacional de compartilhamento de inteligência era mais abrangente do que se pensava anteriormente.

Também foram reveladas evidências de que países membros usaram a aliança para contornar as leis de privacidade de seus próprios cidadãos. Por exemplo, descobriu-se que o Reino Unido contornava as leis de vigilância que protegiam sua população ao solicitar ao órgão norte-americano NSA que espionasse os cidadãos britânicos. Em seguida, eles simplesmente pediam à NSA para compartilhar os dados obtidos. Muito inteligente.

Os EUA e o Reino Unido foram especificamente considerados os países que mais violam a privacidade online. Confira mais exemplos sobre como cada país monitorou e continua monitorando as informações pessoais de seus cidadãos:

  • Reino Unido. Em novembro de 2016, o chamado Consentimento Real transformou em lei a Investigatory Powers Bill (também conhecida como Snoopers’ Charter). A lei concede ao governo poderes exclusivos de vigilância. Segundo suas disposições, os provedores de internet são obrigados a reter dados de usuários, como histórico de navegação, horários de conexão e mensagens de texto, durante dois anos, os quais podem ser acessados por órgãos governamentais e seus parceiros sem mandado judicial.
  • Estados Unidos. Após o incidente de 11/9/2001, a NSA foi autorizada a monitorar as chamadas telefônicas e dados de internet de milhões de norte-americanos sem autorização judicial. Em 2017, o senado dos EUA também aprovou uma lei que concede aos provedores de internet autoridade para coletar e vender dados de usuários sem seu consentimento.

Outros países membros também implementaram leis similares de retenção de dados. Por exemplo, em 2015, o governo australiano aprovou uma lei que obriga os provedores de internet a reter os metadados dos clientes durante dois anos.

Países membros da Aliança 5 Eyes:

  • Estados Unidos
  • Reino Unido
  • Austrália
  • Canadá
  • Nova Zelândia

Aliança 9 Eyes

A Aliança 9 Eyes (Aliança 9 Olhos) é uma extensão da Aliança 5 Eyes. Ela inclui todos os países da Aliança 5 Eyes e quatro países adicionais: Dinamarca, França, Holanda e Noruega. Essa aliança foi estabelecida para aprimorar o compartilhamento de inteligência entre as nações membros, com o objetivo comum de evitar ameaças à segurança nacional.

Países membros:

  • Países da Aliança 5 Eyes +
  • Dinamarca
  • França
  • Holanda
  • Noruega

Aliança 14 Eyes

A Aliança 14 Eyes (Aliança 14 Olhos) é uma extensão adicional da Aliança 5 Eyes. Ela é composta pelos países da Aliança 9 Eyes e ainda conta com cinco membros adicionais: Alemanha, Bélgica, Itália, Suécia e Espanha. Esse grupo de países é oficialmente chamado SIGINT Seniors Europe (SSEUR).

Países membros:

  • Países da Aliança 9 Eyes +
  • Alemanha
  • Bélgica
  • Itália
  • Suécia
  • Espanha

Colaboradores externos

Além dessas alianças confirmadas, vale mencionar outros países que já foram flagrados ou que são suspeitos de trocar informações com a Aliança 14 Olhos. Eles incluem Israel, Japão, Cingapura e Coreia do Sul.

Possível 6º Olho?

O 6º Olho é um termo usado para se referir ao Japão como uma possível adição à Aliança 5 Eyes. Embora o Japão não seja oficialmente membro da aliança, ele mantém relações próximas de compartilhamento de inteligência com os países da Aliança 5 Eyes.

Em agosto de 2020, o Ministro da Defesa japonês expressou o desejo de manter uma colaboração ainda mais estreita com a Aliança 5 Eyes e sugeriu que o Japão pode se tornar conhecido como "6º Olho”. Tanto os EUA quanto o Reino Unido demonstraram interesse no possível envolvimento do Japão. Porém, o conceito do Japão se tornar o 6º Olho não é uma designação oficial e permanece altamente especulativo.

Infographic 5, 9, and 14 eyesGuia rápido dos países que compõem cada aliança

Sistemas de vigilância usados por essas alianças e os dados que são coletados

Essas alianças contam com diversos sistemas de vigilância em massa em vigor, sendo que alguns são desconhecidos do público. Aqueles que receberam atenção significativa da mídia incluem:

ECHELON

ECHELON é um programa de vigilância global operado pelos países da Aliança 5 Eyes. Ele foi originalmente desenvolvido para interceptar as comunicações militares e diplomáticas entre a União Soviética e seus aliados do bloco oriental durante a Guerra Fria.

No final do século 20, o programa se expandiu além do escopo original. Supostamente, ele agora é capaz de monitorar chamadas telefônicas, faxes, e-mails e outros fluxos de dados. E pode até mesmo rastrear atividades de contas bancárias.

PRISM

PRISM é uma iniciativa liderada pelo governo dos EUA que permite à Agência de Segurança Nacional (NSA) do país coletar dados de comunicações a partir de grandes corporações como Microsoft, Facebook, Google, Apple, Yahoo e outras. O programa foi revelado ao público por Edward Snowden em 2013.

XKeyscore

XKeyscore é mais um programa de vigilância em massa operado pela NSA. Ele pode coletar e analisar dados de internet em tempo real. Segundo Snowden, o sistema permite uma vigilância quase ilimitada. Analistas da NSA podem acessar suas chamadas telefônicas, e-mails, histórico de pesquisas e até mesmo documentos do Microsoft Word sem mandado judicial.

Como isso pode afetar os usuários de VPN?

Embora uma VPN com criptografia de nível militar possa proteger você desses sistemas de vigilância, as alianças estão sempre criando novos métodos para acessar seus dados. Por exemplo, em 2018, os países da Aliança 5 Eyes lançaram uma declaração pedindo às empresas de tecnologia (incluindo provedores de VPN) que fornecessem um meio para as autoridades policiais acessarem comunicações com criptografia de ponta a ponta.

A Austrália é um exemplo de país que já aprovou uma lei que permite que as autoridades governamentais acessem dados de usuários, mesmo que estes estejam criptografados.

Também já houve vários casos em que provedores de VPN compartilharam dados de usuários com as autoridades. A Riseup, um provedor norte-americano de e-mail/VPN com foco em privacidade, acatou dois mandados de compartilhamento de dados de usuários. Porém, a empresa só divulgou essa informação ao público muito mais tarde, devido a uma ordem de não divulgação emitida pelo tribunal.

Como outro exemplo, a VPN britânica HMA entregou dados de usuários aos policiais federais em resposta a uma ordem judicial em 2011, o que levou à prisão de um hacker do grupo LulzSec.

Também é seguro presumir que, se qualquer um desses 14 países obtiver acesso aos seus dados online, estes poderão ser compartilhados com os outros países da aliança.

O que você pode fazer?

Então, como proteger seus dados online? Uma VPN deve ser sua primeira linha de defesa contra a vigilância e monitoramento invasivos, mas a escolha do seu provedor é muito importante. Nem todas as VPNs manterão você protegido das Alianças 5/9/14 Eyes — como demonstrei acima, algumas cooperam e continuarão colaborando com elas.

Veja abaixo uma lista de aspectos essenciais a se considerar, caos você esteja (corretamente) preocupado com seus dados online enquanto usa uma VPN.

Verifique a localização da sede da sua VPN

É importante considerar onde sua VPN está sediada. É altamente recomendado que você não escolha um provedor VPN que esteja sediado em um país associado à Aliança 14 Eyes, caso se preocupe com sua privacidade online.

Caso contrário, seu provedor de VPN pode ser obrigado a compartilhar informações de usuários com o governo. Então, esses dados poderão ser compartilhados com outros países da aliança. Você talvez nem sequer saiba que sua privacidade foi violada.

Consulte a política antilogs (no-logs policy) da sua VPN

As várias formas pelas quais as VPNs podem estar sob a jurisdição de vários governos (como localização de usuários, localização de servidores, etc.) são o motivo pelo qual as melhores VPNs para privacidade contam com rigorosas políticas antilogs. Isso significa que elas não retêm nenhum tipo de informação identificável sobre seus usuários ou a atividade online deles.

Um ótimo exemplo dessa política em ação vem do renomado provedor de VPN ExpressVPN. Durante uma investigação do governo turco sobre um usuário do ExpressVPN, as autoridades policiais tentaram obrigar a VPN a compartilhar dados identificáveis. Apesar de seus melhores esforços, as autoridades não conseguiram encontrar nenhuma informação identificável, devido ao compromisso do ExpressVPN em proteger a privacidade de seus usuários.

Verifique a legalidade da VPN no seu país

Você deve estar ciente das leis e regulamentos online referentes às VPNs no seu país de residência. Por exemplo, o uso de VPNs é legal onde você mora? Na maioria dos casos, a resposta é "sim”, mas nem sempre.

Alguns países (como China e Irã) regularam fortemente o uso de VPNs a ponto de criar uma lista exclusiva de VPNs "aprovadas pelo governo”— as quais você pode certamente presumir que compartilham dados com as autoridades. Outros baniram totalmente as VPNs. Sempre recomendamos verificar suas legislações locais referentes às VPNs, pois não apoiamos quaisquer violações de leis.

3 melhores VPNs fora dos países da Aliança 14 Eyes

Se a proteção à privacidade é sua meta, você sempre deve escolher uma VPN que conte com uma rigorosa política antilogs (no-logs policy) e que esteja sediada fora da jurisdição da Aliança 5/9/14 Eyes. Até mesmo isso não é suficiente se você realmente deseja manter sua privacidade online — é preciso escolher uma VPN que seja verdadeiramente dedicada à privacidade e que possa assegurar isso por meio de recursos robustos e políticas comprovadas. É por isso que testei dezenas de VPNs fora das jurisdições da Aliança 14 Eyes para encontrar as melhores opções para proteger seus dados pessoais.

1. ExpressVPN — melhor VPN para privacidade geral sediada fora dos países da Aliança 14 Eyes

Localização da sede da VPN Ilhas Virgens Britânicas
Melhor recurso de privacidade Ofuscação automática de servidor para ocultar o uso da VPN
Política antilogs (no-logs policy) Rigorosa política antilogs que já passou por várias auditorias independentes e foi comprovada em casos reais
Conexões simultâneas de dispositivos 8
Interface dos apps em português Sim

Após usar o ExpressVPN por anos, posso dizer com confiança que ele é a escolha ideal para entusiastas da privacidade. O ExpressVPN não armazena informações identificáveis, e isso já foi comprovado em casos reais. Por exemplo, as autoridades policiais turcas confiscaram um servidor do ExpressVPN em busca de provas para identificar e incriminar um usuário do serviço. Porém, como o ExpressVPN não armazena logs, nenhum dado identificável jamais foi encontrado.

O ExpressVPN está sediado nas Ilhas Virgens Britânicas, país que apoia a privacidade, portanto pode honrar livremente sua política antilogs sem qualquer interferência governamental. Isso significa que ele não é legalmente obrigado a armazenar ou compartilhar dados de usuários, mesmo que haja uma solicitação por parte de oficiais do governo ou de qualquer país da Aliança 14 Eyes.

Além disso, o ExpressVPN usa servidores RAM, que apagam os dados dos usuários das sessões anteriores após cada reinicialização. Nenhum dos seus dados pessoais jamais poderá ser acessado.

Suas promessas antilogs já foram verificadas em várias ocasiões. Por exemplo, em 2019, a PricewaterhouseCoopers (PwC) examinou minuciosamente seus servidores e código, e confirmou que suas afirmações de privacidade são válidas. Essas afirmações foram novamente verificadas pela Cure53 e pela KPMG em 2022.

O ExpressVPN até mesmo tornou suas extensões de navegador de código aberto para qualquer pessoa examinar seu código, o que mostra o nível de confiança do provedor em seus produtos.

Você é assegurado por uma garantia de reembolso de 30 dias ao assinar o ExpressVPN. Caso não fique satisfeito, é fácil obter o reembolso integral.

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Recursos:

  • Segurança robusta. O ExpressVPN oferece criptografia AES de 256 bits com perfect forward secrecy, o qual troca periodicamente as chaves de criptografia para tornar seus dados ainda mais difíceis e demorados para decodificar. Além disso, ele oferece proteção contra vazamento e um kill switch para evitar vazamentos de IP/DNS.
  • Protocolo Lightway seguro e veloz. O exclusivo protocolo Lightway do ExpressVPN é 100% de código aberto e já passou por uma minuciosa auditoria independente realizada pela Cure53, portanto você pode ter certeza de que oferece segurança de ponta. Como bônus adicional, o Lightway é um dos protocolos mais rápidos que testamos. Em servidores próximos, houve uma queda de velocidade de apenas 5%.
  • Ofuscação automática de servidores. O ExpressVPN usa ofuscação em todos os seus servidores para ocultar o fato de que você está usando uma VPN. Isso lhe permite contornar firewalls e bloqueios de VPN robustos. A melhor parte é que ela é automaticamente ativada quando o app detecta restrições de rede.
  • Suporte a P2P. Todos os servidores do ExpressVPN são compatíveis com P2P. Isso significa que você pode baixar e enviar torrents com segurança e privacidade durante horas sem interrupções ou lentidão.

Proteger sua privacidade com o ExpressVPN

2. CyberGhost — servidores dedicados NoSpy sediados na Romênia, refúgio da privacidade

Localização da sede da VPN Romênia
Melhor recurso de privacidade Servidores especializados NoSpy impedem interferências externas
Política antilogs (no-logs policy) Rigorosa política antilogs assegurada por relatórios de transparência trimestrais
Conexões simultâneas de dispositivos 7
Interface dos apps em português Sim (Windows)

Se você está com orçamento limitado, mas ainda assim quer obter uma VPN focada em privacidade, o CyberGhost é uma ótima opção. Ele não apenas tem sua sede localizada fora da jurisdição da Aliança 14 Eyes, como criptografa suas atividades de navegação por meio de criptografia 256 bits de nível militar e cumpre uma rigorosa política antilogs (no-logs policy).

Sua política foi colocada em teste no ano de 2019, quando uma empresa de pesquisas com clientes com a qual ele trabalha foi comprometida. A violação resultou na exposição de 14 nomes de usuário do CyberGhost. Porém, nenhuma informação confidencial foi vazada porque a empresa não armazena nada relacionado.

Para complementar, o CyberGhost periodicamente divulga relatórios de transparência. Eles contêm informações sobre solicitações reais recebidas ao longo dos anos para compartilhar dados de usuários — e informam como o CyberGhost respondeu a elas. Graças à sua política antilogs, o CyberGhost nunca teve nada para compartilhar com as autoridades.

Também gostei do fato de que o CyberGhost oferece servidores NoSpy que estão abrigados em sua sede na Romênia, país considerado um refúgio da privacidade. Trata-se de servidores altamente seguros que somente podem ser acessados por funcionários do CyberGhost. Isso adiciona uma camada extra de privacidade ao reduzir o risco de interferências externas.

Ele é muito acessível — você pode obter o CyberGhost por apenas $2,11/mês com seu plano de longo prazo. Além disso, sua generosa garantia de reembolso de 45 dias permite testar o CyberGhost sem riscos por um período muito maior que o da maioria das VPNs.

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Recursos:

  • Proteção adicional à privacidade no Windows. O recurso Privacy Guard do CyberGhost permite desativar as funcionalidades invasivas do seu dispositivo Windows. Por exemplo, você pode desabilitar o rastreamento geográfico e a sincronização de conta da Microsoft, bem como impedir que o Windows colete seus dados.
  • Suporte ao protocolo WireGuard. O CyberGhost é compatível com o WireGuard, um dos protocolos VPN mais velozes do mercado junto ao Lightway. Ele é leve e possui código aberto, além de já ter sido minuciosamente auditado. Com o WireGuard, obtive altas velocidades nos servidores próximos do CyberGhost durante meus testes. Porém, suas conexões de longa distância foram um pouco mais lentas que as do ExpressVPN.
  • Proteção Wi-Fi. Esse recurso permite customizar o comportamento da sua VPN sempre você se conecta a uma nova rede. Por exemplo, ao definir a ação padrão para "proteger”, você será automaticamente conectado à VPN quando se conectar a uma rede desconhecida.
  • Recurso Content Blocker. Além de bloquear anúncios e domínios maliciosos, o Content Blocker do CyberGhost impede que trackers identifiquem e monitorem suas atividades de navegação.

Proteger sua privacidade com o CyberGhost

3. NordVPN — redirecione sua conexão através de dois servidores VPN para obter proteção adicional

Localização da sede da VPN Panamá
Melhor recurso de privacidade Recurso Double VPN oculta suas atividades por meio de várias trocas de IP e camadas de criptografia
Política antilogs (no-logs policy) Rigorosa política antilogs verificada duas vezes por auditorias independentes
Conexões simultâneas de dispositivos 6
Interface dos apps em português Sim (iOS e Android)

O NordVPN é outra excelente opção para quem busca uma VPN sediada fora da jurisdição da Aliança 14 Eyes. Sua sede fica no Panamá, país que apoia a privacidade e que não impõe leis de retenção de dados. Além disso, a internet no Panamá não está sujeita à vigilância governamental.

O que diferencia o NordVPN é seu recurso Double VPN. Ele redireciona seu tráfego por meio de dois servidores VPN, em vez de um, criptografando seus dados com duas camadas de criptografia AES de 256 bits. Isso dificulta ainda mais para que os órgãos governamentais acessem seus dados confidenciais. Seu endereço IP também é alterado duas vezes, o que torna quase impossível associar suas atividades online à sua rede doméstica.

O NordVPN ainda reforça sua privacidade online bloqueando anúncios e trackers por meio do seu recurso Threat Protection (Proteção contra ameaças). Além disso, ele examina seus arquivos baixados em busca de malware e os bloqueia antes que possam infectar seu dispositivo. Testei esse recurso acessando o site repleto de anúncios forbes.com, e ele bloqueou todos os anúncios e trackers na página.

O serviço também cumpre uma rigorosa política antilogs (no-logs policy). Suas afirmações foram verificadas duas vezes de maneira independente pela PwC — uma vez em 2018, e novamente em 2020. No final de 2022, a renomada firma de auditoria Deloitte confirmou que o NordVPN cumpre sua política antilogs.

Você pode solicitar o reembolso integral em até 30 dias, caso queira testar o NordVPN primeiramente. Sua garantia de reembolso é genuína, e você pode obter o dinheiro de volta facilmente.

Recursos:

  • Dark Web Monitor. Esse recurso examina continuamente a dark web e envia um alerta se quaisquer credenciais associadas ao endereço de e-mail que você usou para assinar o NordVPN sejam expostas em uma violação de dados.
  • NordLynx. Trata-se do exclusivo protocolo do NordVPN, que usa a tecnologia WireGuard, mas a aprimora através da implementação de NAT dupla (Network Address Translation) para aumentar ainda mais sua segurança e desempenho. Apesar da segurança adicional, o NordLynx está em níveis similares ao Lightway e WireGuard em termos de velocidades.
  • Servidores ofuscados. O NordVPN também oferece servidores ofuscados, portanto você pode usar a VPN em redes restritivas. Porém, diferentemente do ExpressVPN, sua ofuscação não é automática.
  • Suporte a Onion over VPN. Permite acessar a dark web sem a necessidade do navegador Tor. Além disso, adiciona uma camada extra de privacidade, pois seu tráfego é primeiramente criptografado pelo NordVPN e, então, enviado por meio de três servidores onion aleatórios, os quais têm suas próprias camadas de criptografia.

Proteger sua privacidade com o NordVPN >>

Medidas adicionais de privacidade a considerar

Estão listadas abaixo algumas medidas adicionais de privacidade que você pode tomar para proteger sua privacidade online.

  • Use um e-mail anônimo. Os serviços de e-mail anônimo criptografam o conteúdo da sua mensagem e não contêm informações identificáveis. O ProtonMail é um excelente exemplo, mas, caso precise de mais opções, você pode conferir nosso artigo sobre os melhores e-mails privados.
  • Passe a usar um navegador que apoie a privacidade. Muitos navegadores populares (como o Chrome) coletam seus dados e veiculam anúncios segmentados por meio de seus parceiros de marketing. Porém, você pode evitar isso passando a usar navegadores privados e confiáveis, como Brave e Tor.
  • Não compartilhe em excesso. Não compartilhe informações pessoais ou identificáveis em apps públicos. Muitos serviços online também permitem desativar o registro de suas atividades de navegação e dados de localização. Recomendo desativar esses serviços de rastreamento se possível, bem como evitar apps que não permitam impedir que seus dados sejam compartilhados.
  • Tome cuidado com seus apps de mensagens utilizados. Por exemplo, o WhatsApp oferece criptografia de ponta a ponta, mas sua política de privacidade indica que ele compartilha alguns dados (como seu número de telefone, nome de perfil e dados de transações) com outras empresas da Meta. Além disso, o WhatsApp não protege seus metadados. É melhor passar a usar alternativas como o Signal, que oferece proteção para metadados e não coleta ou compartilha seus dados.

FAQs sobre as Alianças 5/9/14 Eyes e VPNs

As Alianças 5/9/14 Eyes são as únicas redes internacionais de vigilância?

Não, elas não são as únicas, mas apenas as mais renomadas redes internacionais de vigilância. Há vários outros acordos de compartilhamento de inteligência entre países que podem afetar você em diversos níveis.

Alguns outros exemplos incluem o Diálogo de Segurança Quadrilateral (também conhecido como Quad), o SIGINT Seniors of the Pacific (SSPAC) e a Organização para Cooperação de Xangai (SCO). Essas redes incluem países como Índia, Tailândia, China e Rússia, para mencionar alguns. Muitos dos países que integram as Alianças 5/9/14 Eyes também são membros dessas outras redes de vigilância.

Usar uma VPN em uma nação membro das redes de vigilância acima pode colocar seus dados pessoais em risco — mesmo se o país não fizer parte das Alianças 5/9/14 Eyes. É por isso que é muito importante escolher uma VPN que conte com uma rigorosa política antilogs e que esteja sediado em um país que apoie a privacidade.

Por que o nome é Aliança 5 Eyes?

O nome "Aliança 5 Eyes” foi criado como uma versão abreviada do aviso "AUS/CAN/NZ/UK/US EYES ONLY”, usado para marcar documentos confidenciais. Ela foi formada durante a Guerra Fria com o objetivo de interceptar comunicações entre a União Soviética e seus aliados. Porém, ela se expandiu além do seu escopo original e agora é usada para monitorar comunicações em todo o mundo.

Por isso, é importante que você use uma VPN com alto foco em privacidade.

A Islândia faz parte da Aliança 14 Eyes?

Não, a Islândia não é membro da Aliança 14 Eyes, nem é conhecida por ser um colaborador externo. A Islândia é um país que apoia a privacidade e não impõe leis de retenção de dados.

Segundo a Lei de Proteção de Dados Islandesa, aprovada em 2018, dados devem ser coletados de maneira justa e legal. As empresas de tecnologia também devem obter o consentimento explícito dos usuários para coletar dados.

Isso significa que os cidadãos da Islândia e os provedores de VPN sediados no país estão fora do escopo da Aliança 14 Eyes. Mesmo assim, seus dados pessoais podem ser compartilhados sem seu consentimento por meio de uma VPN pouco confiável, não importa onde você ou o provedor estejam sediados. Sempre é melhor escolher uma VPN que conte com uma rigorosa política antilogs e com recursos robustos de privacidade.

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Conclusão

A privacidade online está cada vez mais se tornando uma preocupação para os usuários de internet à medida que as práticas de vigilância internacional aumentam e ficam mais eficazes.

Há muitos motivos para ser cauteloso com os poderes governamentais de obter acesso aos seus dados e atividades online, especificamente quando acordos internacionais de compartilhamento de inteligência podem permitir que países ignorem suas próprias leis de proteção à privacidade. Se você quer manter seus dados pessoais privados, uma VPN é sua primeira e mais robusta linha de defesa.

Ao escolher uma VPN, é importante se ater a um provedor confiável que conte com uma rigorosa política antilogs (no-logs policy) e que esteja sediado fora dos países da Aliança 14 Eyes. Recomendo o ExpressVPN porque suas promessas de não registro de logs foram independentemente auditadas várias vezes e comprovadas em casos jurídicos reais. Além disso, ele é assegurado por uma garantia de reembolso de 30 dias, portanto você pode testar o ExpressVPN sem riscos. Caso não fique satisfeito, é fácil obter o reembolso integral.

Para resumir, aqui estão as melhores VPNs fora dos países das Alianças 5/9/14 Eyes em 2023...

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Sobre o autor

Adriano é fã de tecnologia e graduado pela Universidade Católica de Santos. Ele acredita que a privacidade online é fundamental para quem quer desfrutar a verdadeira liberdade na internet.

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